domingo, 27 de fevereiro de 2011

Peritonite Infecciosa Felina



Definição:
Doença infecto-contagiosa, sistêmica, progressiva e fatal causada por vírus.

Agente Etiológico:
Pertence ao Grupo Coronavírus felino (FCoV), composto pelo Vírus da Peritonite Infecciosa felina (VPIF) e pelo coronavírus entérico (VECV). Ambos são morfologicamente semelhantes e antigenicamente distinguíveis.
Os dois podem seguir pela via hematógena, porém só o FIVP replica-se em macrófagos e causa doença sistêmica. O VPIF é uma mutação do genoma do coronavírus entérico.

Fonte da Imagem: www.microbiologybytes.com

Hospedeiro:

Pode acometer felinos domésticos e silvestres

Epidemiologia:

Sua distribuição é mundial, parece possuir predisposição etária dos 6 meses aos 2 anos e após os 15 anos, felinos da raça persa são mais suscetíveis. A mortalidade pela doenças chega a 100 %.

Transmissão:

Pode acontecer por direta, utensílios contaminados e transplacentária. As vias de eliminação são as fezes, saliva e urina.

Fatores Predisponentes:

  • Desnutrição;
  • Superpopulação;
  • Infecções por Retrovírus (FIV e FeLV);
  • Tratamentos imunossupressores;

Patogenia:

Sinais clínicos:

Depende do tipo de reposta imune gerada pelo hospedeiro.

Pif efusiva - imunidade humoral

Pif não efusiva - imunidade celular e humoral parcial

Sinais clínicos inespecíficos:

Anorexia, apatia, perda de peso, vômito, diarréia, desidratação, mucosas hipocoradas, uveíte, icterícia e anemia.

Diagnóstico:

Anamnese

Sinais clínicos

Exames Laboratoriais

O hemograma pode apresentar leucocitose com neutrofilia e linfopenia. A análise de efusão revela exudato não séptico, viscoso e amarelado. Técnicas de Elisa e RIF podem indicar reação cruzada com coronavírus entérico ou resposta vacinal. O PCR é útil para separar animais não-portadores,mas não são confirmatórios, pois assim como nos exames sorológicos não distingue vírus entérico do vírus da PIF.Outras técnica de PCR como a que detecta Rna messageiro (mRNA) e PCR real-time tem sido desenvolvidos, entretanto ainda não possuem aplicabilidade na clínica.

Diagnóstico por imagem

Pode ser visualizado líquido na cavidade torácica e abdominal, aumento do volume dos órgão além de alteração dos linfonodos mesentéricos.

Necrópsia e histopatologia

Presença de líquido amarelado e viscoso na cavidade abdominal ou torácica. Presença de fibrina sobre as serosas de órgãos, aumento dos linfonodos mesentéricos e prsença de granulomas.

Tratamento

Cerca de 95 % dos casos evoluem para óbito.Alguns autores preconizam a utilização de corticosteróides com intúito de aumentar a sobrevida.


Autor:

Polliana Alves Franco

Médica Veterinária

Mestre em Ciência Animal pela UFMS


Nenhum comentário:

HEMATOLOGIA DO PORCO

Hemograma de porco doméstico A criação de pets não convencionais vem crescendo com o passar dos anos. Conforme o tempo vai passa...