Este blog tem o intuito de expor imagens de alterações hematológicas, parasitárias, urinárias entre outras, servindo como uma ferramenta dinâmica tanto para o setor acadêmico como para os já profissionais da medicina veterinária.
quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
Diagnóstico Laboratorial da Toxoplasmose Felina
Diagnóstico Laboratorial da Toxoplasmose Felina
Laboratorial diagnosis of feline toxoplasmose
Franco, Polliana Alves
Médica Veterinária, Especialista em Patologia Clínica pela UNIDERP e Mestre em Ciência Animal pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Palavras chave: Toxoplasmose , gatos e oocistos
Key-words: Toxoplasmosis, cats and oocysts
A toxoplasmose
é uma coccidiose causada pelo Toxoplasma
gondii, que tem como hospedeiros definitivos os felídeos. A infecção ocorre
pela a ingestão de oocistos presentes no meio ambiente ou de bradizoítos contidos
na carne crua ou mal passada.
O diagnóstico
da Toxoplasmose na clínica de pequenos animais deve levar em consideração os
sinais clínicos, testes sorológicos e exames de fezes, já que métodos
como biópsia, a imunohistoquímica e moleculares, apesar de eficientes são de
difícil obtenção e geralmente são utilizadas no post mortem.
A
grande maioria dos animais portadores da toxoplasmose é assintomática ou
apresentam alguns sinais inespecíficos tornando com isso o diagnóstico clínico ineficiente.
A pesquisa de oocistos realizada nas fezes,
por método de centrifugoflutuação, não é considerado um bom método de diagnóstico,
pelo fato do estágio de eliminação ativa do ciclo enteroepitelial, que dura de uma a
duas semanas, não ser observado em animais assintomáticos e por assemelhar-se com oocistos de outras espécies de coccídeos.
Mais
recentemente o exame citológico demonstrou ser um método útil em punções de
linfonodo, fígado, baço, medula óssea e de líquido cefalorraquidiano, como
também nos lavados traqueobrônquicos, corados pelo Giemsa.
O uso de testes sorológicos é valioso porque através
da detecção de anticorpos anti-T. gondii
IgG e IgM é possível ter um panorama da doença. Quando detectados anticorpos do
tipo IgM com títulos acima de 1:64 é possível firmar o diagnóstico de doença ativa,
já um aumento crescente num período de duas a três semanas dos títulos de IgG
sugere infecção pelo parasita.
A conclusão
diagnóstica somente com a identificação de anticorpos da classe IgG
é complexa já que ela inicia de duas a quatro semanas pós infecção, período no qual a eliminação dos oocistos pelas fezes já cessou, e pode perdurar meses a anos
para que se observe sua redução. Razão pela qual um gato sorologicamente
positivo para essa classe de anticorpos apenas irá indicar que houve eliminação de
oocistos em algum período da sua vida, embora, esses gatos positivos tidos como
“imunes”, ainda que raramente possam voltar a eliminar novamente os oocistos.
Referências
NETTO, E. G.; MUNOZ, A. D.; ALBUQUERQUE, G. R.; LOPES ,C.
W.G.; FERREIRA, A. M. R.. Ocorrência de gatos soropositivos para Toxoplasma gondii NICOLLE E MANCEAUX,
1909 (Apicomplexa:Toxoplasmatinae) na cidade de Niterói, Rio de janeiro. Revista
Brasileira de Parasitologia Veterinária, v. 12 ,n. 4 ,p. 145-149, 2003.
SPARKES, A. H. Toxoplasmosis in cats. Veterinary Animal, v.31,
n. 2, p. 186-192, 1991
ARAUJO, W. N. de; SILVA, A.V. da; LANGONI, H.Toxoplasmose:
uma zoonose – realidade e riscos. Cães e Gatos, v. 79, n. 1, p. 20-27, 1998.
FIALHO, C. G.; Teixeira, M. C.; ARAUJO, F. A. P. de.Toxoplasmose animal no Brasil. Acta
Scientiae Veterinariae.v. 37, n.1, p. 1-23, 2009.
Atlas de Parasitologia Veterinária
Um novo link para ainda tem dúvida e para os estudantes de parasitologia, apesar de ser humano seu conteúdo pode ser muito útil na identificação de muitos dos parasitas da área da veterinária.
http://www.ufjf.br/parasitologia/files/2008/08/Atlas-de-aula-pr%C3%A1tica-20124.pdf
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