Primeiramente temos que lembrar que TODO mastocitoma deve ser considerado uma neoplasia maligna devido ao seu comportamento biológico imprevisível e pela capacidade de infiltração em tecidos adjacentes. Não só no caso do mastocitoma mas qualquer forma de neoformação deve ser investigada pelo médico veterinário. A citologia e a histopatologia são as principais ferramentas utilizadas no diagnóstico final desta neoplasia.
O exame citológico (Figura 1) muitas vezes é conclusivo, exceto em neoplasias indiferenciadas, quando se faz necessário análises histológicas com colorações especiais ou mesmo imuno-histoquímica.
A avaliação citológica revela de média à grande quantidade de células que descamam individualmente e em neoplasias diferenciadas há grande quantidade de grânulos metacromáticos intracitoplasmáticos de modo a incubrir o núcleo. A presença de eosinófilos ao exame citopatológico é um aspecto importante.
Figura 1-Citologia de Mastocitoma canino.Visualização de grande quantidade mastócitos pouco diferenciados e ao fundo algumas hemácias e eosinófilos.Panótico. Objetiva de 100x.
O exame histológico é muito utilizado pois além de determinar a etiologia tumoral permite avaliar grau de malignidade e se a margem cirúrgica foi suficiente (Figura 2).
Figura 2-Histopatologia de Mastocitoma canino.Visualização de grande quantidade mastócitos pouco diferenciados entremeados em fibras colágenas e poucos polimorfonucleares.HE. Objetiva de 40x.
O tratamento clínico através de corticosteróides é amplamente utilizado e deve ser utilizado em todo animal que for diagnósticado com a enfermidade, porém dependendo do estágio clínico e grau de malignidade devem ser associadas outras modalidades terapêuticas (Figura 3).
Figura 3- Esquema terapêutico do mastocitoma canino.
Tendo isso exposto espero ter auxiliado um pouco no que diz respeito a alguns dos pontos que considero mais pertinentes sobre o Mastocitoma canino.